Este blogue foi criado por brincadeira, não tenho nenhuma formação superior, nem pretendo ser escritora, mas aprecio escrever. Gosto de falar do que me vai na alma para mim é óptimo. Afinal, quem não gosta de falar de sentimentos ? As coisas boas da vida são aquelas que fazem as pessoas sorrir.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Teresa
Teresa não era uma mulher propriamente bonita mas os seus olhos verdes chamavam atenção de qualquer pessoa, para além de serem expressivos eram de um verde profundo, qualquer pessoa que olha-se para ela encontraria uma beleza singular.
Naquele dia não esperava o telefonema do António, muito menos aquele convite para o cinema, como não tinha outros planos e o dia estava chuvoso,decidiu aceitar.
Ficaram de se encontrar à porta do cinema.
Quando Teresa chegou, António esperava, não parecia ansioso estava extremamente calmo, pelo menos aparentemente. Naquele dia trazia vestido umas calças desportivas branco sujo, e um pólo com riscas vermelhas, o seu a vontade era contagiante como sempre.
Teresa caminhou em sua direcção, ele nem se mexeu, observando-a... Cumprimentaram-se e dirigiram-se para a bilheteira, compraram os bilhetes, ainda era cedo decidiram comer qualquer coisa.
Não foi difícil a escolha,naturalmente partilharam a sande de atum e a sande de queijo fresco que decidiram experimentar naquela loja de produtos naturais, naturalmente partilharam também o sumo de cenoura e laranja que ambos pediram.
Aquele homem sempre a fascinou, embora ela não o quisesse-se admitir era estranho como se sentia a vontade com ele, a forma natural como conversavam, ele era muito atencioso e carinhoso com Teresa.
O tempo foi passando,e quando se deram conta estavam atrasados, quando entram no cinema estava completamente vazio, sentados dispersos alguns cinéfilos, o filme tinha começado, mas não foi difícil perceber o enredo da historia.
O filme era muito intenso e emocionante,Teresa sentiu a mão de António pegar na sua, ela reagiu naturalmente, era como já estivesse à espera,as mãos dele eram quentes e macias. Nada estava fora do contexto uma boa companhia,um homem que a fascinava e aquele momento em que ele decidira pegar nas suas mãos. Aquela tarde de cinema tinha superado as expectativas de Teresa.
Ela perguntava-se e agora, não estava nada à espera daquela reacção da parte dele,ate porque sempre foram amigos. Na vida dela no momento não havia espaço para o amor...
Os dias foram passando tranquilamente, Teresa estava decidia a não levar a sério o que tinha acontecido naquela tarde de cinema, ela achava António encantador e charmoso, mas não nutria qualquer outro sentimento que não fosse de amizade.
Mas na verdade ela não queria admitir que tudo nele a perturbava, ao longo da semana foram trocando varias mensagens as quais ela retribuía de forma formal, ele tratava-a carinhosamente, ela tentava não dar muita importância.
Ao longo da sua vida não tinha tido muita sorte no amor, dos vários relacionamentos que teve, nunca encontrou o que supostamente ela sempre procurou, a alma gema, muitas vezes questionava-se será que exista?
Provavelmente sim, noutro planeta pois neste já muito tinha desistido de procurar, os seus anteriores relacionamentos só lhe tinham trazido dor e preocupações,não estava preparada para a sofrer, e muito menos para voltar a envolver-se com alguém, o seu coração estava tranquilo, e era assim que ela queria que permanece.
De regresso a casa depois dum dia árduo de trabalho, Teresa só pensava em meter-se na banheira e tomar um banho relaxante.
Encheu a banheira de agua quente, deitou alguns sais de banho, à volta da banheira colocou algumas velas aromáticas acesas . Prendeu os seus cabelos ondulados que lhe caiam-lhe pelas costas, despiu-se e entrou para dentro da banheira quase a transbordar de espuma. No ar pairava o cheiro do perfume das velas acesas. Teresa deslizou dentro da agua quente como ela apreciava, deixou-se abandonar naquele banho interminável...
Quando o telefone tocou, Teresa estremeceu, saiu da banheira e enrolou uma toalha no seu corpo nu. Quem poderia ser, pensou ela.
Do outro lado da linha era a voz de António, era uma voz sensual muito agradável, queria saber o que iria ela fazer naquela noite, os planos de Teresa eram bem simples, ficar por casa.
Ele perguntou-lhe se ela não gostaria de ir jantar la a casa, ela recusou dizendo que se encontrava de pijama, e ele em tom de brincadeira disse: - vem mesmo assim.
- Achas que não teria coragem? - desafiou ela
António teimava em desafiar Teresa, dizendo que ela não teria coragem de ir jantar a casa dele de pijama...
Teresa decidiu aceitar o convite para jantar, teria que se apressar, o jantar tinha ficado marcado para as 21h, não faltava muito.
Tirou a toalha que tinha enrolada ao corpo, passou creme pelas pernas e restante corpo,decidiu vestir uns jeans confortáveis, uma camisa em algodão, soltou o cabelo, quando se olhou no espelho gostou do que viu.
A noite estava fria ,cheirava lenha queimada que provinha das lareiras acesas naquela noite gélida, o céu estava encoberto não se via nenhuma estrela.
Quando chegou perto da casa do seu amigo, Teresa não estava nervosa, seria um jantar agradável entre amigos o que poderia correr mal, António era muito boa companhia sentia-se bem sempre que ele estava por perto.
António esperava-a à porta de casa, quando a viu esboçou um sorriso, entraram em casa e ele ajudou-a tirar o casaco.
António pegou na mão de Teresa levou-a ate à sala, quando ela entrou nem queria acreditar, lareira acesa, velas acesas espalhadas pela sala, tinha colocado uma musica suave, olhou para ele... continuava a manter o sorriso com que a tinha recebido à porta de casa, mas desta vez ela achou aquele sorriso diferente, o que estaria realmente ele a preparar. O jantar estava pronto e a mesa estava agradavelmente convidativa a sentarem para jantar.
A conversa foi desenrolando-se agradavelmente durante o jantar, falaram, do seu dia, riram de algumas piadas que iam dizendo. Depois do jantar sentaram-se confortavelmente no sofá e tomaram café...Teresa talvez pelo ambiente que a rodeava estava tentada a tocar naquele homem...
A voz dele trouxe de volta à realidade, aquela voz que a deixava fascinada, era meiga e horrivelmente sensual, ele voltou a pegar-lhe na mão e murmurou: - obrigado por teres aceite o meu convite. A voz dele despertou em Teresa o desejo de o beijar.... tocar....provavelmente seria o ambiente que lhe estaria a despertar essa vontade... Olharam-se por breves minutos, e como
que adivinhado os pensamentos dela, ele começou por a acariciar... suavemente no rosto... cabelo... beijou-a... percorreu-lhe o pescoço... orelhas... os lábios, a boca...beijou-a de forma mais intensa...
Ele, acariciava-lhe os teus seios... percorria-os com a boca...beijou-os suavemente...
suavemente, percorreu com a língua... desceu...à barriga… ao umbigo... mais um pouco...
Ela segurou-o...sentiu a língua dele explorar...percorrer...Teresa sentiu-se estremecer...ela pediu-lhe para continuar....
António murmurou: - és tão linda...primeiro beijo-a de forma suave, leve...com beijos...muitos beijos...ele louco de desejo...
Ela puxou-o para si... - os teus seios são tão bonitos...beijou-os novamente...lentamente...sem pressa...começo por a penetrar… devagar... sem consumar... uma vez...outra... pelos movimentos do seu corpo...
Perguntou-lhe: - queres que o faça...
- Não ainda não, respondeu ela...ficaram assim um pouco...até que...se consumam os corpos, são um só agora...
Pede-lhe que não pare... carinhosamente, até que acontece…perduram o momento…
Deitados, ele sussurra-lhe: - a tua voz sempre despertou em mim o desejo de te tocar, sentir lembro-me que uma noite não consegui dormir, hoje o jantar foi uma desculpa para te trazer ate aqui.
Ela sorriu, e perguntou: - dormimos?
Ele sorriu....