quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O comboio



Quando a empregada chegou já eles tinham decido o que iriam tomar, Carlos pediu um café e uma nata e Alfredo ficou-se pelo café.
Cada vez os dois se identificavam mais um com o outro a conversa entre eles passou a ser mais
sedutora.

A ultima relação de Carlos tinha sido com uma mulher,mas essa relação não tinha corrido muito bem, talvez devido à imaturidade dela, ou à sua busca da relação perfeita. Ao olhar para Alfredo sentiu uma ligeira atracão, Alfredo era muito giro para alem de se vestir bem, tinha um corpo bem constituído, provavelmente de muito ginásio. O que mais atraiu Carlos foi o olhar de Alfredo,tinha uns lindos olhos azuis e penetrantes. Carlos nunca tinha tido um relacionamento com alguém do mesmo sexo, embora sempre se senti-o atraído, o que o leva a pensar que seria bissexual. Alfredo não lhe estava a ser indiferente,tinha sentido o toque das suas mãos quentes e macias.
Mas estava com medo de avançar, tinha que sentir da outra parte receptividade.
Alfredo perdido nos seu pensamento achava Carlos um homem interessante, aquele toque suave das suas mãos deixou meio embaraçado, queria avançar mas não sabia se Carlos iria achar a ideia divertida.
Terminaram de tomar café e saíram da cafetaria, dirigiram-se até à estação, a chuva não tinha dado tréguas continuava a cair, as pessoas continuavam a andar dum lado para outro de passo acelerado.
Aquela manhã tinha sido engraçada e a forma como ambos se conheceram também, os minutos que passaram juntos foram para ambos agradáveis. Entretanto chegou o comboio que ambos iriam apanhar, quando entraram na carruagem, havia alguns lugares vagos, sentaram-se lado a lado
Alfredo perguntou se Carlos não gostaria de trocar o nº de telemóvel com ele, Carlos aceitou e de imediato deu-lhe o seu nº de telemóvel.
Alfredo perguntou: - Vamos marcar algo para mais tarde?
Carlos não respondeu, acenou com a cabeça afirmativamente.
Em volta ouviam-se as pessoas a reclamar da chuva e da vida, ambos sorriam, porque afinal eles sentiam-se maravilhosamente bem, embora todos reclamassem do tempo que se fazia sentir, foi devido ao temporal que ambos se conheceram...