quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O comboio



Naquela manhã cinzenta e chuvosa, Carlos dirigia-se de comboio para a universidade, durante o percurso que eram ainda algumas horas, observava as pessoas que iam entrando nas varias paragens que o comboio efectuava. Carlos adorava observar aqueles rostos que diariamente faziam parte da sua rotina eram quase sempre os mesmos aquela hora, num stress diário, entravam e saiam nas varias paragens que o comboio fazia ao longo do seu percurso. Talvez devido à chuva e ao vento que se fazia sentir lá fora, notou que muitas poucas esboçavam um sorriso, quase todas carregavam caras sisudas e sem qualquer alegria, de roupas encharcadas e de guardas-chuvas a pingar aglomeravam-se naquela carruagem. A viagem continuou assim meia agitada com a entrada e saída das pessoas, Carlos gostava de chuva trazia-lhe uma certa nostalgia, perdido nos seus pensamentos... lembrou-se que à um ano nestas mesmas circunstancias tinha conhecido alguém que iria transformar a sua vida.
A manhã também era chuvosa e fria, naquele dia o comboio teve um pequeno atrasado devido ao temporal que se fazia sentir.
Carlos esperava na estação, quando foi abordado por Alfredo, queria saber o porque do atraso, enquanto ambos esperavam a conversa foi surgindo naturalmente entre eles.
Ao longe ouviu-se o som do comboio a chegar, quando deu entrada na estação todos pareciam agitados para entrar, era natural pois com este atraso quase todas as pessoas deveriam estar atrasadas para os seus afazeres. Carlos e Alfredo continuavam a conversar, não tinham muita pressa em entrar. Carlos decidiu não ir à primeira aula da manhã, também era indiferente, pediria os apontamentos a um dos colegas. Como o comboio ficou à pinha, resolveram apanhar o próximo, enquanto esperavam dirigiram-se à cafetaria da estação....

Carlos continuava perdido nos seus pensamentos,quem o estivasse a observar notaria um leve sorriso nos lábios, as recordações eram muitas, deu-se conta que sentia saudades de Alfredo.
Conhecer Alfredo tinha sido uma das melhores coisas que lhe aconteceu na vida.
Na noite seguinte,Alfredo telefonou.
Confessou a Carlos sentir-se só, e perguntou-lhe se ele não queria sair, jogar bilhar ou ir a um bar.
Naturalmente que Carlos achou a ideia genial,e aceitou o convite. Alfredo ficou de passar em casa de Carlos para o ir buscar.
Passavam uns minutos da hora marcada quando chegou, tocou a campainha e Carlos desceu.
Ao entrar no carro sentiu o cheiro do perfume de Alfredo,uma mistura de madeira e lavanda, um aroma suave inconfundível. Disseram um ola, e sorriram.
Alfredo disse a Carlos:- Mudança de planos vou levar-te a um dos meus sítios preferidos.
A viagem não demorou mais do uma hora e chegados, Carlos nem queria acreditar, realmente era um lugar lindo, apesar de ser uma noite fria, e de não haver estrelas no céu,mesmo assim conseguia-se ver a beleza do local,a casa era pedra coberta de heras, ao lado umas árvores de camélias com flor tinha uns canteiros com algumas flores em volta um terreno que parecia estar tratado.
A decoração do interior da casa era do mais singelo possível mas muito confortável, a sala tinha uma lareira,uns sofás de pele castanha escura um cadeirão meio rompido do uso, umas estantes com livros e uns quadros nas paredes com paisagens.
Alfredo acendeu a lareira,e também algumas velas, dando uma ambiente ainda mais acolhedor, depois foi buscar dois copos de vinho tinto e deu um a Carlos, as suas mão voltaram-se a tocar,olharam-se fixamente nos olhos.
Carlos sabia que esta noite seria a primeira noite com alguém do mesmo sexo e queria muito que acontece-se, ate porque a atracão que sentia por Alfredo era grande.
Alfredo aproximou-se de Carlos e tocou-lhe os lábios com os dedos e disse-lhe:-Não tenhas receio, e beijou-o, este correspondeu naturalmente, os beijos foram sucedendo tal como o toque entre ambos, fizeram amor....
Deitados olhavam a lenha arder,na sala sentia-se um calor confortável. Carlos tinha adorado estar com Alfredo.
Depois daquela noite mantiveram um relacionamento de alguns meses, mas a ida de Alfredo para os Estados Unidos a trabalho, tinha esfriado a relação.
Aquele dia chuvoso trazia-lhe saudades e nostalgia de Alfredo.
De volta à realidade depois de ouvir o passageiro que estava sentado ao seu lado resmungar algo...
Levantou-se pediu licença e saiu na estação...
A chuva tinha abrandado,e os raios sol teimavam romper por entre as nuvens cinzentas.
Carlos sentia que nunca iria esquecer aquela relação, tinha sido única e inesquecível.


Carlos continuava perdido nos seus pensamentos,quem o estivasse a observar notaria um leve sorriso nos lábios, as recordações eram muitas, deu-se conta que sentia saudades de Alfredo.

Conhecer Alfredo tinha sido uma das melhores coisas que lhe aconteceu na vida.
Na noite seguinte,Alfredo telefonou.
Confessou a Carlos sentir-se só, e perguntou-lhe se ele não queria sair, jogar bilhar ou ir a um bar.
Naturalmente que Carlos achou a ideia genial,e aceitou o convite. Alfredo ficou de passar em casa de Carlos para o ir buscar.
Passavam uns minutos da hora marcada quando chegou, tocou a campainha e Carlos desceu.
Ao entrar no carro sentiu o cheiro do perfume de Alfredo,uma mistura de madeira e lavanda, um aroma suave inconfundível. Disseram um ola, e sorriram.
Alfredo disse a Carlos:- Mudança de planos vou levar-te a um dos meus sítios preferidos.
A viagem não demorou mais do uma hora e chegados, Carlos nem queria acreditar, realmente era um lugar lindo, apesar de ser uma noite fria, e de não haver estrelas no céu,mesmo assim conseguia-se ver a beleza do local,a casa era pedra coberta de heras, ao lado umas árvores de camélias com flor tinha uns canteiros com algumas flores em volta um terreno que parecia estar tratado.
A decoração do interior da casa era do mais singelo possível mas muito confortável, a sala tinha uma lareira,uns sofás de pele castanha escura um cadeirão meio rompido do uso, umas estantes com livros e uns quadros nas paredes com paisagens.
Alfredo acendeu a lareira,e também algumas velas, dando uma ambiente ainda mais acolhedor, depois foi buscar dois copos de vinho tinto e deu um a Carlos, as suas mão voltaram-se a tocar,olharam-se fixamente nos olhos.
Carlos sabia que esta noite seria a primeira noite com alguém do mesmo sexo e queria muito que acontece-se, ate porque a atracão que sentia por Alfredo era grande.
Alfredo aproximou-se de Carlos e tocou-lhe os lábios com os dedos e disse-lhe:-Não tenhas receio, e beijou-o, este correspondeu naturalmente, os beijos foram sucedendo tal como o toque entre ambos, fizeram amor....
Deitados olhavam a lenha arder,na sala sentia-se um calor confortável. Carlos tinha adorado estar com Alfredo.
Depois daquela noite mantiveram um relacionamento de alguns meses, mas a ida de Alfredo para os Estados Unidos a trabalho, tinha esfriado a relação.
Aquele dia chuvoso trazia-lhe saudades e nostalgia de Alfredo.
De volta à realidade depois de ouvir o passageiro que estava sentado ao seu lado resmungar algo...
Levantou-se pediu licença e saiu na estação...
A chuva tinha abrandado,e os raios sol teimavam romper por entre as nuvens cinzentas.
Carlos sentia que nunca iria esquecer aquela relação, tinha sido única e inesquecível.