sexta-feira, 24 de julho de 2009

Medo do desconhecido.




Lidamos mal com o desconhecido. Ficamos perturbados.

E assustamos-nos quando as tempestades não movem nem rios nem montanhas visíveis, mas arrasam dentro de nós emoções que considerámos intocáveis.
Entramos em pânico, sem razão aparente, sem o mínimo sinal do erro que cometemo , sem sequer a convicção de que o tenhamos cometido.
Quando entramos pânico, o coração bate mais depressa e tão alto que achamos que os outros o estão a ouvir e a dar conta que ele vai, sem licença nem sentido, sair-nos do peito.
Ás vezes, depois das tempestades, quando chega a desejada bonança, alguns de nós sentem-se mais vivos, mais poderosos e simultaneamente mais humildes... Outros, pelo contrário, deixam-se tocar pelas sombras e passam a viver na penumbra.
Como escrevia Murakami " uma vez que a tempestade acabe tu não vais recordar como conseguiste atravessa-la e como fizeste para sobreviver. Nem vais ter a certeza se, de facto a tempestade acabou realmente. mas uma coisa é certa: quando saíres da tempestade não serás a mesma pessoa que entrou".

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