quarta-feira, 29 de julho de 2009

Meu querido


Meu querido, antes de nasceres eu imaginava-te, franzino, moreno e traquinas, sentia que iria ter um dia um filho com estas características, e não errei muito ao te imaginar...
Amei-te desde do inicio, antes de ver as tuas feições sabia que te iria amar toda a vida, um amor incondicional. Foram nove longos meses de espera, durante esta espera a mãe carregava-te para todo o lado, quando aí as compras, quando aí trabalhar, quando aí à praia, ouvimos muitas vezes musicas os dois relaxados, não é por acaso que tu tens algumas das minhas preferências musicais, de vez enquanto la presenteavas a mãe com uns pontapés. A espera foi longa, demasiado longa para te poder ver e sentir nos meu braços.
Quiseste nascer na viragem do século,teimoso como és, não foi fácil o teu nascimento, foram horas intermináveis, e acabas-te por nascer.
Quando acordei, ao longe ouvi um choro ...
Perguntei : - quem é que esta assim a chorar?

E a enfermeira disse: - É o seu filho, precisa de uma chupeta.
Lembro-me desse dia como se fosse hoje, choras -te toda a noite , seria já um sinal da tua personalidade... Quando te vi amei-te ainda mais se é possível, eras mesmo como eu te tinha imaginado.
Hoje olho para ti, e vejo o quanto cresceste, lembro-me de te dar banho com cuidado parecias tão frágil, e o teu palrar de chupeta na boca era assim "calha, calha".... o teu gatinhar... adoravas ir à praia e de brincar na areia, adoravas o avó Neto e de andares as cavalitas nele.
Já se passaram nove anos, estas tão crescido, és lindo filho, sensível, alegre, bom aluno, um pouco malandrote. Quando a mãe anda mais cansada, e se esquece de te chamar por aqueles nomescarinhosos pelos quais te trato, tu reclamas:- então mãe, já não me chamas tesourinho nem miquinhas.
Encho-te de beijos e digo-te: - desculpa filho, a mãe anda um pouco cansada.

Tu sabes o quanto a mãe te ama de paixão, neste pequeno texto que te dedico, nunca conseguirei dizer o quanto te amo. Nós partilhamos uma frase que dizemos todos os dias um ao outro.
A mãe costuma dizer: -filho já te disse hoje o quanto te amo?
-Dizes sempre, não mãe.

E a mãe diz : -amo-te muito filho.